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Seis maravilhas do Norte: três paisagens e três monumentos

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Três paisagens de cortar a respiração e três monumentos a não perder no Norte de Portugal. Tem plano para o fim-de-semana? Os antigos achavam que o mundo acabava para além do horizonte e o mar se despenhava num abismo insondável.  Hoje muitos portugueses ainda continuam a achar que não há locais para ir de férias para além do Algarve .  Nada mais errado.  Basta olharmos para o Norte de Portugal , de Trancoso a Vila Real e do Gerês à Serra d’Arga : três paisagens e três monumentos de tirar a respiração. 1.- Ponte de Ucanha Pode parecer, mas as portagens não são uma intervenção deste Governo.  Eram algo inerente ao universo medieval, retalhado entre múltiplos domínios senhoriais, uns da nobreza ( honras ), outros das ordens religiosas ( coutos ).  Um dos exemplos maiores de ponte-fortaleza controlava a entrada do couto dos monges cistercienses de Salzedas .  Fica na aldeia da Ucanha (Tarouca) , terra natal do pai da etnografia portuguesa, Leite de Vasconcelos , 50 km a norte de Viseu.

Trilho Pedestre do “Castelo da Furna” em Valença

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O castelo rochoso da Furna, os Garranos e a aldeia serrana de Taião, são os atrativos da caminhada que a Câmara Municipal de Valença vai promover, no Trilho Pedestre do Castelo da Furna, com a distância de 14 Kms, no próximo sábado, 13 de Outubro de 2012. O ponto de encontro está marcado para o Museu Rural de Taião , às 9h30 sendo o tempo estimado do percurso de 4 horas e 30 minutos. Os primeiros pontos de interesse começam mesmo no início, no Museu Rural onde se guardam objetos ligados à agricultura, à pastorícia e à exploração mineira do volfrâmio .  Nas proximidades é possível observar vários sarcófagos (sepulturas escavadas na rocha). O percurso encaminha-se pela encosta da serra de São Lourenço , com passagem pelos vários núcleos de gravuras rupestres, até à Furna , pelos vastos montes, onde domina a pastorícia de cavalos garranos, semisselvagens e de cabras. Já na Furna é possível observar o imponente aglomerado rochoso e as marcas do que foi um castelo medieval na

Trás-os-Montes - "O Reino Maravilhoso" de Miguel Torga

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Miguel Torga , na sua obra  Portugal , escreveu:  « Vou falar-lhes dum  Reino Maravilhoso . Embora haja muita gente que diz que não, sempre houve e haverá reinos maravilhosos neste mundo. O que é preciso, para os ver, é que os olhos não percam a virgindade original diante da realidade, e o coração, depois, não hesite. O que agora vou descrever, meu e de todos os que queiram merecê-lo, não só existe, como é dos mais belos que um ser humano pode imaginar. Senão, reparem: Fica ele no alto de Portugal, como os ninhos ficam no alto das árvores para que a distância dos torne mais impossíveis e apetecidos. Quem o namora cá de baixo, se realmente é rapaz e gosta de ninhos, depois de trepar e atingir a crista do sonho contempla a própria bem-aventurança. Vê-se primeiro um mar de pedra. Vagas e vagas sideradas, hirtas e hostis, contidas na sua força desmedida pela mão inexorável dum Deus genesíaco. Tudo parado e mudo. Apenas se move e se faz ouvir o coração no peito, inquieto, a anunciar o come

"Pelos caminhos de Portugal" - Região de Lisboa

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Mar, serra e luz Reza a lenda que a cidade de Lisboa teria sido fundada pelo herói grego Ulisses, e que, tal como Roma, o seu povoado original fora rodeado por sete colinas. Quando em 1147, o cruzado Osberno chegou ao estuário do Tejo, ficou maravilhado com aquele rio, feito – dizia ele – de dois terços de água e um terço de peixe. A capital portuguesa consegue o prodígio de ser um pedaço do Mediterrâneo transplantado para o Atlântico.  Imediatamente a sul, nas margens do estuário do Sado , a serra da Arrábida é verdadeiramente mediterrânica, com uma vegetação de zimbros e medronhos e praias de areia branca e água cristalina.  Mas logo a norte de Lisboa, o cabo da Roca , « onde a terra acaba e o mar começa », põe em evidência a natureza atlântica desta região.  E ainda mais para norte, o labirinto de colinas e vinhedos que se estende na direção de Torres Vedras onde, em 1810, se perdeu a III Invasão Francesa e um dos melhores generais de Napoleão. Num raio de pouco mais de 50 quilóm