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Por terras de fortes tradições

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Muralhas de Serpa (1) O artigo de hoje sugere um passeio pelo Alentejo profundo, desde «(…) Serpa até à (…) barragem de Alqueva , com passagem por Barrancos e pelo castelo de Noudar . Antes de sair de Serpa não deixe de visitar a capela de São Gens , de estilo manuelino, o castelo da vila, de construção árabe e as muralhas dionisinas.  “ As muralhas de Serpa têm origem remota, conservando-se ainda alguns ténues vestígios da fortificação islâmica sob a Torre da Horta e no interior do casario da Rua da Barbacã . Seria contudo a Reconquista Cristã , no século XIII, que forjaria um castelo em pedra, que pouco depois receberia o cunho de El Rei D. Dinis , que ainda hoje se mantem. Com D. Manuel I chega-nos a primeira representação iconográfica de Serpa, pelo cálamo de Duarte d`Armas , no Livro das Fortalezas , onde se observa uma muralha em ruínas, que o venturoso rei haveria de mandar reparar e acrescentar nova cintura muralhada. Hoje ainda subsiste grande parte desta muralha m

Com Meca, aqui ao lado

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Vindimas na Aldeia Galega O passeio que lhe sugerimos neste artigo tem como cenário a  região do Oeste . «Há uma luz muito especial, tonalizada pelas águas do Atlântico , que banha as colinas suaves destas paragens, colinas que já foram leito de mar antes de se tornarem nos cemitérios de fósseis, com destaque para os de dinossauros, que abundam hoje por toda a região.  Uma luz que, mais do que física, parece ter algo de espiritual, sobretudo agora, no Outono , quando o dourado velho nos vinhedos maduros se estende a perder de vista pelo poente adentro, ao encontro de campanários das igrejinhas singelas que pontuam o cenário – dominado pelo maciço da serra de Montejunto , área de paisagem soberba e protegida e que é o ponto mais alto de toda a região Oeste . Aspeto das caves da Quinta do Carneiro, em Carmanal Comece por  Alenquer , a « vila-presépio » que foi terra de Damião de Góis – essa figura ímpar do Renascimento português (…) –, justamente a «sede» de um dos circuitos da  Rota da

Pela costa alentejana

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Vista marítima do Cabo Sardão Em tempo de canícula nada melhor do que fazer um passeio junto ao mar, refrescar-se com a brisa marítima e mergulhar nas águas atlânticas da costa alentejana. Inicie o passeio em Vila Nova de Mil Fontes (a terra dos três erros: não é vila, não é nova e não tem mil fontes). Aqui aproveite para admirar a beleza natural da foz do rio Mira e as águas calmas do mar.  Nesta zona andaram celtas, fenícios, gregos, cartagineses, romanos e árabes e, desde sempre, foi porto seguro de marinheiros e de piratas.  Dos antigos combates sobrevive a fortaleza mandada construir por D. João IV , para prevenir incursões pelo rio.  Há alguns anos foi adaptada a turismo de habitação. Moinhos de Almograve Tome a EN393, atravesse o rio, e vá até às Furnas , cadeia de enseadas arenosas cada vez mais pequenas e inacessíveis à medida que se caminha para jusante do estuário.  Apesar do seu aspeto calmo tenha atenção às correntes.  Siga pela estrada principal para nove quilómetros de

Fósseis e moinhos

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A pouco mais de vinte minutos do Porto , saindo da A4 rumo a Valongo e entrando na ENI5 em direcção à freguesia de Campo, situa-se o Parque Paleozóico , nas serras da região de Valongo, Pias e Santa Justa.  O centro interpretativo é o primeiro local a visitar.  Localizado num antigo moinho, este centro ajuda o visitante a compreender o que vai poder ver no passeio.  Na área do parque há três percursos, e v árias marcas assinalam o caminho a seguir.  Estão também colocadas placas com informações sobre os pontos de interesse.  Em todo caso, não se aconselham incursões solitárias pelas serras, devido aos perigos de quedas.  Em qualquer dos percursos podem ser vistos vários exemplares de fôsseis, como os de trilobites do período Ordovícico , que ali permanecem há milhões de anos.  Também podem ser observados alguns moinhos de água ainda em funcionamento. Devido ao declive acentuado em algumas partes do passeio, é dada a possibilidade de se praticar escalada.  A espeleologia e o estudo da

Na Beira do Dão e do Viriato

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A Cava de Viriato, em Viseu Viseu , sede de um distrito prenhe de tradição e vultos ilustres da cultura portuguesa é, também, berço de gente hospitaleira, pujante  gastronomia  e de uma  região vitivinícola (Dão Lafões)  e turística marcante.  É ainda, espaço ligado à história de  Viriato , intrépido guerreiro e chefe dos lusitanos, que infligiu sucessivas derrotas aos invasores romanos, até ser morto à traição por um verdugo em quem confiava.  A honrar o nome e a memória do bravo lutador, imortalizado por  Camões , a  Cava , junto à  Feira de São Mateus , é ponto de passagem recomendado. Esquadrinhe depois outros encantos da cidade que, como poucas, trava com zonas verdes e cuidadosos jardins o avanço furioso do betão. Em redor da parte velha, abunda património histórico, arquitetónico e artístico, casos da  - Sé Catedral  (séc. XIII e XIV),  - Igreja da Misericórdia , - e o  Museu Grão Vasco .  Dê uma volta (se o tempo ajudar, claro) pelo  Parque do Fontelo , para ton

Da Freita à Misarela - um passeio muito interessante!

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As curiosas «pedras parideiras» Da Freita à Misarela Este passeio desenrola-se na zona entre Vale de Cambra e Arouca , onde o esforço de rodar em pisos degradados e traçados sinuosos tem como recompensa as magnificas paisagens da Serra da Freita . Esta Serra faz parte do maciço da Gralheira , correndo de nordeste para sueste, e é limitada a norte pelo vale do Arda (afluente do Douro ) e a sul pelo da ribeira de Teixeira , afluente do Vouga .  A rocha dominante é o granito, e daí as paisagens agrestes, a fazer lembrar a Serra da Estrela . Frecha da Misarela, no rio Caima (1) Nos locais onde se dá a transição para outros solos surgem os grandes pontos de interesse deste percurso.  Um quilómetro e meio depois de passar Santa Cruz corte à esquerda para ver a barragem Engenheiro Duarte Pacheco .  Regresse à estrada anterior e, cerca de 3 km adiante, encontrará as indicações para subir à esquerda na direcção da Serra da Freita .  A partir daqui o caminho está bem sinalizado, bastando prest

E de Ponte se fez Vila (Ponte de Lima)

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E de Ponte se fez Vila (Ponte de Lima) Autoproclamada como a mais antiga vila de Portugal , segundo Foral assinado em 1125 pela condessa D. Tareja [ D. Teresa , mãe de D. Afonso Henriques ], Ponte de Lima é uma beleza constante ao sol e à chuva.  No início da última década do milénio passado, a Assembleia Municipal da vila minhota recusou a elevação à categoria de cidade, carregando o lema de que «mais vale ser uma grande vila do que pequena cidade».  Quando se entra na capital da Ribeira Lima , a ideia de um dia se poder ver aquele sítio maravilhoso deturpado por um progresso mal entendido arrepia. O grande areal que recebe as feiras e a vaca das cordas - que marcou o fim da tradição pagã fazendo o bicho vergar-se em frente da Igreja, num ritual milenar que hoje em dia se inicia na casa de Nossa Senhora d'Aurora - é atravessado pela ponte medieval, que se aproveitou de uns quantos metros de artes construídos pelos romanos e ali deixados como restos de um legado imperial. Pon