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Valpaços – Terras de cerejas, castanhas e não só…

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Os horizontes abertos de um dos mais ricos celeiros da região transmontana. O sabor do pão, dos enchidos, do azeite e dos seus famosos  vinhos de mesa . Depois, passo a passo, surgem as emoções da caça, os núcleos castrejos e as pontes romanas, ou o prazer da pesca à truta. Valpaços  é vila plana e calma encruzilhada de caminhos de todos os Tempos e Eras. Quando se chega respira-se uma vida sem pressas.  A Igreja Matriz é um templo de boa cantaria, altivo nas proporções e que foi construído em 1746. De entre diversos edifícios antigos merece atenção a Casa dos Pinto Leite , edifício solarengo e tradicional, servido de torreão barroco e pedra armoreada do século XVIII.  Muito próximo da vila, num morro que domina uma paisagem notável, encontra-se o  Santuário de Nossa Senhora da Saúde , local de culto mariano de muito apreço dos povos de toda esta região. Ao visitante chama-se a atenção para apreciar a Pedra Furada , verdadeira curiosidade natural de aspecto monumental pela

Por miradouros até às Fisgas de Ermelo

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Neste post «sugerimos-lhe um passeio que começa na zona vinhateira do Douro [ Região Demarcada do Douro – Património Mundial ] e termina a percorrer uma das estradas mais bonitas de Portugal até junto de um verdadeiro monumento da natureza, as Fisgas de Ermelo . Inicie o passeio na cidade da Régua , a capital da produção do vinho do Porto , e sai em direção a Vila Real, tomando a estrada EN 313.  Passados 15 Km faça um pequeno desvio até Covelinhas , virando à direita, seguindo as setas que indicam Galafura – São Leonardo , até chegar a um entroncamento na estrada EN 313-2 e daí até ao miradouro de S. Leonardo da Galafura .  Este era um dos locais preferidos de Miguel Torga para admirar o rio Douro .  Uma placa com um pequeno extrato da obra « Diário XII », relembra essa preferência e como o Douro inspirou o poeta. Aqui, o ondular das montanhas cinzentas, o verde das vinhas e o azul da água em marcha lenta envolvem o passeante e convidam-no a gozar o prazer da paisagem.  Porque

A excelência no Douro

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«Enquanto destino rural, natural e de Património Mundial , o Vale do Douro oferece um leque de oportunidades turísticas.  O relatório do Centro Mundial de Destinos de Excelência , que evidencia os resultados do Sistema de Medição dos Destinos (SMED), procura determinar o modo como a região pode alcançar uma vantagem competitiva distinta, mesmo de superioridade, relativamente a aspectos fundamentais da indústria do turismo. Desta avaliação do SMED resulta, desde já, que o Vale do Douro está agora associado a uma rede internacional que procura a excelência: o   World Center of Excellence for Destinations (CED) .  Por outras palavras, o Vale do Douro integra uma rede mundial de destinos cuja missão é a excelência. Foram avaliadas no total catorze categorias pelos participantes nos grupos de trabalho do SMED.  À semelhança do que se encontra indicado no quadro: - Sete categorias obtiveram a classificação de excelência : Segurança, Saúde e Bem-estar, Alimentação e Bebidas, Transportes, Am

Vila Real – Roteiro turístico – Historial

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«À distância duma légua de Vila Real estava a nobreza da vila esperando o seu conterrâneo. Cada família tinha a sua liteira com o brasão da casa. A dos Correias de Mesquita era a mais antiquada no feitio, e as librés dos criados as mais surradas e traçadas que figuravam na comitiva. D. Rita, avistando o préstito das liteiras, ajustou ao olho direito a sua grande luneta de oiro, e disse: — Ó Meneses, aquilo que é? — São os nossos amigos e parentes que vêm esperar-nos. — Em que século estamos nós nesta montanha? — tornou a dama do paço. — Em que século?! O século tanto é dezoito aqui como em Lisboa. — Ah! sim? Cuidei que o tempo parara aqui no século doze...»  “Amor de Perdição” – Camilo Castelo Branco    Nas margens do Rio Corgo , um dos afluentes do Douro, a cidade de Vila Real ergue-se a cerca de 450 metros de altitude, numa região que revela indícios de ter sido habitada desde o Paleolítico. Vestígios de povoamentos posteriores, como o Santuário Rupestre de Panóias ,

«Reinos maravilhosos» em Portugal

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Miguel Torga , na sua obra  Portugal , escreveu:  « Vou falar-lhes dum  Reino Maravilhoso . Embora haja muita gente que diz que não, sempre houve e haverá reinos maravilhosos neste mundo. O que é preciso, para os ver, é que os olhos não percam a virgindade original diante da realidade, e o coração, depois, não hesite. O que agora vou descrever, meu e de todos os que queiram merecê-lo, não só existe, como é dos mais belos que um ser humano pode imaginar. Senão, reparem: Fica ele no alto de Portugal, como os ninhos ficam no alto das árvores para que a distância dos torne mais impossíveis e apetecidos. Quem o namora cá de baixo, se realmente é rapaz e gosta de ninhos, depois de trepar e atingir a crista do sonho contempla a própria bem-aventurança. Vê-se primeiro um mar de pedra. Vagas e vagas sideradas, hirtas e hostis, contidas na sua força desmedida pela mão inexorável dum Deus genesíaco. Tudo parado e mudo. Apenas se move e se faz ouvir o coração no peito, inquieto, a anunci