Valpaços – Terras de cerejas, castanhas e não só…
Os horizontes abertos de um dos mais ricos
celeiros da região transmontana. O sabor do pão, dos enchidos, do azeite e dos
seus famosos vinhos de mesa.
Depois, passo a passo, surgem as emoções
da caça, os núcleos castrejos e as pontes romanas, ou o prazer da pesca à
truta.
Valpaços é vila plana e calma encruzilhada de caminhos
de todos os Tempos e Eras.
Quando se chega respira-se uma vida sem pressas.
A Igreja Matriz é um templo de boa cantaria, altivo nas proporções e que
foi construído em 1746.
De entre diversos edifícios antigos merece
atenção a Casa dos Pinto Leite, edifício solarengo e tradicional, servido de
torreão barroco e pedra armoreada do século XVIII.
Muito
próximo da vila, num morro que domina uma paisagem notável, encontra-se o Santuário
de Nossa Senhora da Saúde, local de culto mariano de muito apreço dos povos
de toda esta região.
Ao visitante chama-se a atenção para
apreciar a Pedra Furada, verdadeira curiosidade natural de aspecto monumental
pela circunferência de 26 metros de abertura e mais de 6 metros de
profundidade.
Para provar os excelentes vinhos de mesa e
aguardentes da região deve-se visitar a Adega Cooperativa de Valpaços.
Igreja Matriz de Carrazedo de Montenegro |
Carrazedo de Montenegro é vila de boas nozes e boas
castanhas e notável pelourinho.
A sua Igreja Matriz de
traça barroca e flanqueada por duas torres sineiras é das mais imponentes de
toda a região transmontana, tendo sido construída no século XVIII.
Do património artístico do concelho de Valpaços não deixe de conhecer a Igreja
Matriz de Santa Valha do século XVII, com tábuas setecentistas alfaias
religiosas de grande valor, as pontes medievais de Vale de Casas e Saltelhas e
a ponte romana de Arquinho sobre o rio Rabaçal.
A pesca à truta e a caça
Tanto o rio Rabaçal como o rio Torto são
admiráveis viveiros de trutas. Aliás, todo o vale do rio Rabaçal é um
verdadeiro fascínio e ninguém melhor que um pescador de trutas para conhecer as
suas belezas.
Entre as urzes caça-se a lebre. Nos campos
de centeio a perdiz e a codorniz. E por todo o coelho.
Das cerejas de saco ao folar de Valpaços
A par da famosa cereja de saco, verdadeiro
“ex-libris” desta região, deve-se provar as alheiras, o presunto, os enchidos
caseiros, o cozido tradicional, os pratos de caça, o pão de centeio e o famoso
folar de Valpaços.
O Circuito Turístico da Serra da Padrela e do Vale do Rio Torto
Saída de Valpaços pela EN 206 em direção a Argeriz, que tem uma bela Igreja Matriz do Século XVII. Carrazedo de Montenegro mostra uma imponente Igreja Matriz barroca e um pelourinho antigo.
Em Rio Bom segue-se pela EM 553 para
Seixedo, já em plena Serra da Padrela, e daí para as aldeias serranas de
Junqueira, S. João da Corbeira e Serapicos, seguindo pela EN 314 para Santiago
e Chamoinha.
Continuando pela EM 541, passa-se
Celeiros, Ferrugende e Friões, em pleno Vale do Rio Torto. Pelo CM 1097
chega-se a S. Domingos e a Valongo de Baixo e de Cima, e daí até Sá pela EN
213.
Antes de regressar a Valpaços, pare em Vilarandelo para ver a Capela de S. Sebastião do século XVI com campanário gótico e uma inscrição críptica.
Ponte sobre o rio Rabaçal |
Sobre o Folar de Valpaços - Receita
É cozido em formas geralmente de barro ou
argila, retangulares, o que lhe dá uma textura e sabor muito
particulares.
Para além da farinha, ovos e azeite,
de receita que passa de geração para geração, também constam a
carne de porco, os enchidos, o coelho e a galinha caseira.
Relembramos que este “pitéu” deve ser
comido fresco e acompanhado por chá de cidreira ou cevadinha.
Mas há quem não o dispense ao pequeno-almoço com um bom café ou mesmo café com leite!
Depende do gosto de cada um.