Nas linhas de Riba-Côa
Nas linhas de Riba-Côa
Ao entrar-se em Almeida pela EN322, logo depois de sair do IP5/A25, chega-se à Porta de S. Francisco, onde o visitante inicia um percurso pedestre pela vila.
Vista do céu, Almeida tem o aspeto de uma estrela, devido à forma das muralhas que a rodeiam.
Dentro delas, aconselha-se uma ida às casamatas, antigo abrigo das populações em caso de guerra, e à Casa da Roda, bem como a paisagem na subida ao ponto mais alto da vila.
A típica ginjinha de Almeida (…) também faz parte do roteiro.
Ao sair de Almeida, siga para Norte pela EN322, até Castelo Rodrigo.
Nas ruínas do castelo, o tom avermelhado das casas xistosas, o pelourinho, a cisterna árabe e o que resta das torres são alguns exemplos do que se pode ver.
A caminho de Almofala, já por estradas municipais, surge à beira da estrada o Convento de Santa Maria de Aguiar (…) e, mais à frente, o templo romano da Torre de Aguiar (…).
A chegada a Almofala nota-se pela maior predominância dos brancos e rosas das amendoeiras em flor; aconselha-se uma visita às esculturas da capela de Santo André.
Mais à frente, em Escarigo, o tecto raro da igreja, em estilo mudéjar (gótico com influências arabizantes) é o ex-libris da aldeia.
Caso a igreja não se encontre aberta, a chave é guardada pelo senhor Branco, numa casa ali perto.
Uma «vieirinha» - marca deixada pelos peregrinos a caminho de Santiago de Compostela - pode ser vista numa parede, perto de uma antiga albergaria do séc. XIII.
Mais à frente, na Vermiosa, vários moinhos abandonados pontuam a paisagem e burros domésticos, hoje em vias de extinção, pastam ao lado da estrada.
Na Malpartida, o antigo cemitério árabe e duas pontes romanas, além das cegonhas com os seus ninhos, são o cartão de visita da aldeia, mesmo antes de se chegar a Vale da Mula, onde podem ser encontrados túmulos árabes nos montes que rodeiam as casas.
Atravessando o rio Águeda por uma estrada de terra batida, chega-se à Aldea del Obispo, já em Espanha, onde estão as ruínas daquele que é considerado o mais perfeito forte jamais feito pelos espanhóis:
- o Real Fuerte de La Concepción, construído em 1736 e destruído na Guerra Peninsular pelos ingleses, em 1810;
- os habitantes da zona levaram posteriormente as pedras para construção das suas casas.
Um museu alusivo ao forte está aberto aos fins-de-semana na aldeia.
De volta a Portugal, vale a pena contemplar a paisagem em redor da aldeia de Castelo Bom e percorrer a pé as ruas entre as ruínas do castelo, onde ainda se encontra um brasão real esculpido em pedra ao lado de uma das entradas.
Chega-se finalmente a Castelo Mendo.
O calvário, mesmo à entrada da aldeia, o pelourinho, as janelas quinhentistas, o restaurado alpendre da feira e o templo religioso são exemplos daquilo que se pode ver aqui.
Mapa do passeio
Fonte: Guia da Semana - Expresso, nº10 (Norte)
Fique a conhecer
- uma peça de artesanato desta região,
- quais os fumeiros tradicionais que aí se consomem,
- assim como os Grupos de Folclore que teimam em recolher, preservar e divulgar os usos e costumes das terras beirãs.