Uma visita à Quinta das Lágrimas e à Fonte dos Amores em Coimbra
Nos jardins da Quinta das Lágrimas acumulam-se memórias desde o século XIV, tanto nos elementos construídos como nas suas árvores, nas suas lendas populares e na sua verdadeira história. O documento mais antigo onde a Quinta é referida data de 1326, ano em que a Rainha Santa Isabel mandou fazer um canal para levar a água de duas nascentes para o Convento de Santa Clara . Ao sítio de onde saía a água chamou-se " Fonte dos Amores ”, por ter presenciado a paixão de D. Pedro , neto da Rainha Santa , por Inês de Castro . A outra fonte da Quinta foi baptizada por Camões de " Fonte das Lágrimas ", por ter nascido das lágrimas que Inês chorou ao ser assassinada. O sangue de Inês terá ficado preso às rochas do leito, ainda vermelhas depois de 650 anos... " Lágrimas são a água e o nome amores ", escreveu Camões nos " Lusíadas ". Em 1650, a Quinta foi murada, fizeram-se caminhos e muros que suportam a terra e as árvores da mata e construiu-se o