Sugestões para o convencer a fazer uma visita à cidade de Amarante

Amarante é uma cidade pitoresca localizada no norte de Portugal, no distrito do Porto, mais precisamente na sub-região do Tâmega e Sousa.

A cidade é conhecida por sua beleza natural, património histórico e cultural, além de ser um destino turístico popular para quem busca uma experiência autêntica e tranquila em Portugal.

Localização

Amarante está situada nas margens do rio Tâmega, o que confere à cidade uma paisagem encantadora com as  suas pontes e edifícios históricos refletindo nas águas do rio.

A cidade está a aproximadamente 60 km a leste da cidade do Porto, sendo acessível por estrada e transportes públicos.

História da cidade

A história de Amarante remonta à época romana, embora a cidade tenha ganhado maior relevância durante a Idade Média.

Um dos marcos históricos mais importantes de Amarante é a lenda de São Gonçalo, um monge beneditino que teria se estabelecido na cidade no século XIII.

Ele é conhecido por muitas obras de caridade e desenvolvimento espiritual na região.

O Convento de São Gonçalo, construído em sua homenagem, é um dos pontos turísticos mais notáveis da cidade.

Igreja e Convento de São Gonçalo

Durante o período das Invasões Francesas, Amarante desempenhou um papel significativo na resistência portuguesa. A Ponte de São Gonçalo foi palco de batalhas ferozes, onde os habitantes da cidade resistiram heroicamente às tropas napoleônicas.

O que visitar em Amarante

Igreja e Convento de São Gonçalo: Este complexo religioso é o coração histórico de Amarante. Construído no século XVI, o convento apresenta uma mistura de estilos arquitetónicos, incluindo o renascentista e o barroco. A igreja é um local de peregrinação, especialmente durante a festa de São Gonçalo, que ocorre em junho.

Ponte de São Gonçalo: Esta ponte histórica sobre o rio Tâmega é um símbolo da cidade. Reconstruída no século XVIII, a ponte é famosa tanto pela sua arquitetura quanto pelo papel que desempenhou nas batalhas contra as tropas francesas.


Ponte de São Gonçalo

Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso: Este museu é dedicado ao famoso pintor modernista português, Amadeo de Souza-Cardoso, que nasceu na região. O museu exibe uma coleção significativa de suas obras, além de outras exposições de arte contemporânea.

Centro Histórico: Caminhar pelo centro histórico de Amarante é uma experiência encantadora. As ruas estreitas e calcetadas são ladeadas por casas antigas e edifícios com fachadas decoradas, muitos dos quais datam dos séculos XVII e XVIII.

Parque Florestal de Amarante: Para os amantes da natureza, o parque florestal oferece trilhas para caminhadas, áreas de piquenique e vistas deslumbrantes do rio Tâmega e da paisagem circundante.

Igreja de São Domingos: Esta igreja do século XVIII é conhecida pela sua bela arquitetura barroca e os detalhes intrincados no seu interior.

Quinta da Lixa: Uma visita a esta quinta vinícola é uma ótima oportunidade para degustar os famosos vinhos verdes da região e aprender sobre o processo de produção do vinho.

Amarante é uma cidade que combina perfeitamente história, cultura e beleza natural, tornando-a um destino imperdível para quem visita o norte de Portugal.

Gastronomia típica de Amarante

Cabrito serrano assado, bacalhau à Zé da Calçada/ à Custódia ou vitela maronesa. Estes são três dos pratos do mapa gastronómico de Amarante.

O célebre bacalhau, frito em azeite e acompanhado com maionese, ovos e mostarda, oferece muitos argumentos para nos sentarmos à mesa.

O mesmo pode dizer-se em relação ao cabrito, que, temperado com alho e pimentão-doce, tostado, fica sublime.

Em algumas zonas rurais do Município continua a celebrar-se a comida tradicional:

- as papas (de sarrabulho, de nabiça ou de couve), em Olo; 

- o Caldo das Coibes, na freguesia de Rebordelo, 

- os rojões, em Fridão; 

- as sopas, em Fregim 

- ou a feijoada em Vila Chã, associada à Festa das Colheitas.

Uma vez por ano, coincidindo com a festa pequenina a S. Gonçalo (em janeiro), Amarante tem o seu fim de semana gastronómico, em que pontificam os seus pratos tradicionais.

À sobremesa são servidos doces conventuais de Amarante. (1)

Doçaria conventual de Amarante

Entrar ou simplesmente passar pela montra de uma confeitaria em Amarante é quase um teste à nossa resistência.

Do outro lado do vidro, espreita-nos o pecado da gula, tão sublime é o sabor das lérias, das brisas do Tâmega, dos papos de anjo ou de outros doces conventuais.

O mesmo acontece com os doces fálicos (São Gonçalinhos), igualmente muito procurados.

(os famosos doces fálicos, mais conhecidos como 'colhões de São Gonçalo', proibidos durante a ditadura)

Quer seja pela fome, quer pela curiosidade, ceda à tentação em qualquer uma das muitas pastelarias e confeitarias da região. (2)

Não se vai arrepender.

Fontes: 1 | 2

Sugestões:

Mensagens populares deste blogue

Trás-os-Montes - "O Reino Maravilhoso" de Miguel Torga

Imagem
Miguel Torga , na sua obra  Portugal , escreveu:  « Vou falar-lhes dum  Reino Maravilhoso . Embora haja muita gente que diz que não, sempre houve e haverá reinos maravilhosos neste mundo. O que é preciso, para os ver, é que os olhos não percam a virgindade original diante da realidade, e o coração, depois, não hesite. O que agora vou descrever, meu e de todos os que queiram merecê-lo, não só existe, como é dos mais belos que um ser humano pode imaginar. Senão, reparem: Fica ele no alto de Portugal, como os ninhos ficam no alto das árvores para que a distância dos torne mais impossíveis e apetecidos. Quem o namora cá de baixo, se realmente é rapaz e gosta de ninhos, depois de trepar e atingir a crista do sonho contempla a própria bem-aventurança. Vê-se primeiro um mar de pedra. Vagas e vagas sideradas, hirtas e hostis, contidas na sua força desmedida pela mão inexorável dum Deus genesíaco. Tudo parado e mudo. Apenas se move e se faz ouvir o coração no peito, inquieto, a a...
Ler o post »»»

Uma visita à Quinta das Lágrimas e à Fonte dos Amores em Coimbra

Imagem
Nos jardins da Quinta das Lágrimas acumulam-se memórias desde o século XIV, tanto nos elementos construídos como nas suas árvores, nas suas lendas populares e na sua verdadeira história. O documento mais antigo onde a Quinta é referida data de 1326, ano em que a Rainha Santa Isabel mandou fazer um canal para levar a água de duas nascentes para o Convento de Santa Clara . Ao sítio de onde saía a água chamou-se " Fonte dos Amores ”, por ter presenciado a paixão de D. Pedro , neto da Rainha Santa , por Inês de Castro . A outra fonte da Quinta foi baptizada por Camões de " Fonte das Lágrimas ", por ter nascido das lágrimas que Inês chorou ao ser assassinada.   O sangue de Inês terá ficado preso às rochas do leito, ainda vermelhas depois de 650 anos... " Lágrimas são a água e o nome amores ", escreveu Camões nos " Lusíadas ". Em 1650, a Quinta foi murada, fizeram-se caminhos e muros que suportam a terra e as árvores da mata e construiu-se o ...
Ler o post »»»

Miguel Torga e São Leonardo de Galafura

Imagem
São Leonardo de Galafura era, indubitavelmente, um dos locais prediletos de Miguel Torga para observar, admirar e inspirar-se no rio Douro. Quem visita este fantástico miradouro, localizado em plena Região Demarcada do Douro , num monte constituído por sílex e quartzo (e habitado, em tempos idos, por romanos e mouros), pode ler, numa placa em azulejos e noutra em metal, um pequeno extrato  da obra «Diário XII»: S. Leonardo de Galafura, 8 de Abril de 1977 « O Doiro sublimado. O prodígio de uma paisagem que deixa de o ser à força de se desmedir. Não é um panorama que os olhos contemplam: é um excesso de natureza. Socalcos que são passados de homens titânicos a subir as encostas, volumes, cores e modulações que nenhum escultor pintou ou músico podem traduzir, horizontes dilatados para além dos limiares plausíveis de visão. Um universo virginal, como se tivesse acabado de nascer, e já eterno pela harmonia, pela serenidade, pelo silêncio que nem o rio se atreve a quebrar, ora a s...
Ler o post »»»

Feiras de Artesanato em Portugal: uma viagem pelas tradições

Imagem
Portugal é um país com uma rica tradição artesanal, que se manifesta em diversas formas e materiais. Da olaria à cestaria, da renda ao azulejo, o artesanato português é um reflexo da cultura e da identidade do país. As feiras de artesanato são uma excelente oportunidade para conhecer e adquirir peças únicas e autênticas, diretamente dos artesãos. São também um espaço de convívio e de troca de experiências, onde se pode aprender sobre as diferentes técnicas e materiais utilizados no artesanato português. Feiras de artesanato que se realizam em Portugal, durante 2024 agosto de 2024 28 de junho a 25 de agosto – 59º Feira de Artesanato do Estoril Espaço FIARTIL – Estoril Ponto de Encontro de Tradições 26 de julho a 5 de agosto – 26ª Feira de Artesanato de Guimarães Guimarães – Alameda de São Dâmaso Esta Feira é um reencontro entre património, cultura e arte representa também um local de exposição dos saberes (e sabores) vimaranenses como os Bordados de Guimarães ou ...
Ler o post »»»

As Feiras de Produtos Regionais e Locais em Portugal

Imagem
As Feiras de Produtos Regionais e Locais são uma tradição muito antiga em Portugal. Nestes eventos, os produtores locais têm a oportunidade de mostrar e vender os seus produtos frescos e tradicionais, como frutas, legumes, queijos, enchidos, vinhos, doces e artesanato, n uma enorme variedade de produtos únicos e autênticos que representam a riqueza gastronómica e cultural de cada região do país. Desde os queijos tradicionais da Serra da Estrela , aos enchidos do Alentejo , passando pelo azeite e vinhos do Douro , as feiras em Portugal são uma montra dos sabores e tradições de cada localidade. Além dos produtos alimentares, também é possível encontrar artesanato, como peças de cerâmica, tapeçaria e cestaria, que refletem a história e identidade de cada região. Estas feiras são não só um local de comércio, mas também um ponto de encontro para as comunidades locais, onde se promove o convívio e a cultura da região. Muitas vezes, as feiras são acompanhadas por animação cultural...
Ler o post »»»

Vila Real – Roteiro turístico – Monumentos na cidade

Imagem
Na sequência de  post anterior , vamos divulgar alguns dos monumentos mais importantes da cidade de Vila Real: Capela de São Brás (MN) – Vila Velha Atribuída à época de transição do séc. XIII para o séc. XIV, é um pequeno templo românico-gótico, coevo da fundação de Vila Real.  Adossada à Igreja de São Dinis , sofreu profundas alterações no séc. XVIII, mas guarda ainda no interior duas arcas tumulares, uma das quais de estilo manuelino.  Na outra é tradição que está sepultado Lourenço Viegas, o Espadeiro , companheiro de armas de D. Afonso Henriques . Existem na parede fundeira, dignos de registo, frescos que representam São Brás(1). São Brás - "Protector contra as doenças da garganta" e "Padroeiro dos Cardadores" Em Latim S.Blasius, em Catalão S. Blai, em Francês S. Blaise, em Espanhol S. Blas. S. Brás nasceu na cidade de Sebaste, na actual Arménia, nos finais do séc. III. Já depois de ter assumido a profissão de médico, sentiu o chamamento de Deus a u...
Ler o post »»»

«Reinos maravilhosos» em Portugal

Imagem
Miguel Torga , na sua obra  Portugal , escreveu:  « Vou falar-lhes dum  Reino Maravilhoso . Embora haja muita gente que diz que não, sempre houve e haverá reinos maravilhosos neste mundo. O que é preciso, para os ver, é que os olhos não percam a virgindade original diante da realidade, e o coração, depois, não hesite. O que agora vou descrever, meu e de todos os que queiram merecê-lo, não só existe, como é dos mais belos que um ser humano pode imaginar. Senão, reparem: Fica ele no alto de Portugal, como os ninhos ficam no alto das árvores para que a distância dos torne mais impossíveis e apetecidos. Quem o namora cá de baixo, se realmente é rapaz e gosta de ninhos, depois de trepar e atingir a crista do sonho contempla a própria bem-aventurança. Vê-se primeiro um mar de pedra. Vagas e vagas sideradas, hirtas e hostis, contidas na sua força desmedida pela mão inexorável dum Deus genesíaco. Tudo parado e mudo. Apenas se move e se faz ouvir o coração no peito, inqu...
Ler o post »»»

As Amendoeiras em flor | Um passeio no Douro

Imagem
créditos Percorrendo as encostas vinhateiras que descem para o Douro , tomando contacto com um valioso património histórico e assistindo a um espetáculo assombroso e inesquecível: as amendoeiras em flor . Começando em S. João da Pesqueira , onde merece uma visita a zona histórica da Praça da República , que alberga o Arco da Porta do Castelo e a Torre do Relógio da época medieval, junto à Igreja da Misericórdia .  Emblemáticos são também a setecentista Casa do Cabo , o Palácio de Sidrô e a 3km o miradouro de S. Salvador do Mundo , varanda privilegiada sobre o Douro e Barragem da Valeira . Tomando a EN 222, direção de Penedono , com o vale do Rio Torto à direita, encontra pouco depois bordejando a estrada e as vinhas, as primeiras amendoeiras coroadas por lindas flores. Durante cerca de 6 km, até ao casario da Senhora da Estrada , irá atravessar um dos maiores amendoais do país, recomendando-se estacionar aqui e acolá para admirar o extraordinário manto cor-de-rosa e o in...
Ler o post »»»

As escarpas do Corgo: um tesouro natural em Vila Real

Imagem
Aspeto de Vila Real e das escarpas do Corgo. No meio, o rio Corgo, a Central do Biel e o poço do Agueirinho, ou poço do Granjo. As escarpas do Corgo , localizadas em Vila Real, no coração de Trás-os-Montes , são uma das formações geológicas mais impressionantes do norte de Portugal. Estas escarpas acompanham uma parte do curso do rio Corgo , um afluente do rio Douro , e são conhecidas pela sua beleza natural e pela sua relevância ecológica, sendo um local ideal para os amantes da natureza e da geologia. Estas escarpas, resultado da erosão do rio Corgo ao longo de milhões de anos, oferecem um cenário natural impressionante e uma experiência única para quem as visita, convidando os visitantes a uma imersão na beleza da natureza, através de passadiços que serpenteiam pelas margens do rio Corgo. As rochas das escarpas do Corgo As rochas que compõem as escarpas são principalmente de granito, a rocha mais característica e comum nesta parte do país, o que lhes confere uma tonalidade a...
Ler o post »»»

Camilo Castelo Branco em Ribeira de Pena

Imagem
Camilo Castelo Branco em Ribeira de Pena Evocando a passagem de Camilo Castelo Branco pelas terras de Ribeira de Pena , a Câmara Municipal elaborou, em tempos, um interessante roteiro cultural que mostra sete locais referenciados nas obras deste vulto da literatura portuguesa:  - a Ponte de Cavês (localizada no concelho de Cabeceira de Basto),  - e a casa onde viveu em Friúme ,  - a Igreja matriz do Salvador (onde casou),  - a Capela de Nossa Senhora da Guia ,  - a Capela da Granja Velha , a Ponte de Arame   - e a Casa do Barroso (estes seis localizados no concelho de Ribeira de Pena). Igreja Matriz do Salvador Camilo Castelo Branco é, sem dúvida, uma figura indissociável da história e cultura deste município, situada nas margens do rio Tâmega .  Embora tenha nascido em Lisboa (em 1825), e tenha sido fugidia a sua passagem por Ribeira de Pena, foi, porém, na Igreja do Salvador que, em 1841, casou, aos 16 anos, com Joaquina Pereira de França , e ...
Ler o post »»»