“Pelos caminhos de Portugal” – Centro
Biblioteca Joanina Universidade de Coimbra |
Uma viagem pelo Centro de Portugal: Património e Cultura
A viagem pelos
caminhos da região de Coimbra é um caminho sem fim.
Desde o
deslumbramento da arquitetura romana até ao neoclássico dos edifícios
pombalinos, passando pela exuberância do barroco que tem como exemplo de
qualidade a Biblioteca da Universidade de Coimbra, esta região tem dado
corpo, ao longo de séculos, a diversos imaginários estéticos.
Além disso,
Coimbra faz parte integrante da cultura portuguesa, entre outros, pela atividade
política revolucionária estudantil que muitas vezes se fez sentir nesta região
académica, ao mesmo tempo que trouxe até nós um dos maiores símbolos de
Portugal - o Fado.
A viagem na
História começa obrigatoriamente nas Ruínas Romanas de Conímbriga.
O sítio de
Conímbriga tem presença segura no Calcolítico e Idade do Bronze,
épocas originárias dos testemunhos mais antigos que chegaram até nós.
Com a ocupação
romana em 138 a.C., as atuais ruínas são o testemunho da crescente complexidade
e sofisticação da sociedade romana até ao completo declínio em 586, data da
chegada dos visigodos.
Os vestígios de sucessivos trabalhos arqueológicos encontram-se no Museu Nacional de Conímbriga, inicialmente designado como Museu Monográfico de Conímbriga.
As Ruínas
Romanas do Rabaçal, localizadas próximo da vila de Penela, deixa
adivinhar ao longo de sucessivas escavações mais vestígios romanos, sendo a
descoberta mais marcante a do pavimento mosaico policromo onde fiadas de
tesselas negras delimitam golfinhos ou folhas de hera.
Todavia, a
região de Coimbra não se caracteriza somente pelas marcas romanas.
O Castelo de
Montemor-o-Velho, referenciado da Alta Idade Média (século XIV), tem no
interior das suas muralhas vestígios do antigo Paço Medieval.
Por outro lado,
o Castelo de Penela, parte integrante do núcleo de castelos que
compunham o sistema defensivo da linha do Mondego na época da Reconquista,
apresenta igualmente marcas do século XIV nas muralhas exteriores e do século
XV no Castelejo e Porta da Vila.
Também de mosteiros se compõe a riqueza patrimonial de Coimbra.
Um dos melhores exemplos é o Mosteiro do Lorvão, altamente citado em obras famosas da literatura portuguesa, que sofreu grandes reformas nos séculos XVII e XVIII, vivendo nessa época o seu maior período de esplendor.
Uma última nota
vai para os mais pequenos. O didático Portugal dos Pequenitos reproduz,
em tamanho reduzido, os monumentos mais famosos de Portugal, bem como os tipos
de habitação mais significativos da arquitetura popular portuguesa. (1)
Concentrado de Portugal
Mosteiro da Batalha |