No berço de pedra - Guimarães
A sugestão deste artigo leva-nos a Guimarães [Minho], numa estirada de pouco menos de 50 km a partir do Porto e por autoestrada.
As obras na velha urbe torna obrigatório
um novo olhar sobe este repositório maior dos ícones da nacionalidade.
Ë hábito do visitante desprevenido centrar
o seu olhar no Paço dos Duques de Bragança, mandado construir no séc. XV
e reconhecido por ordem de Salazar nos anos 40, para comemoração do oitavo
centenário da Fundação.
O seu maior interesse reside no espólio
museológico com que foi recheado pelo Estado Novo, o que o toma num dos museus
mais visitado do país.
Entrou-se pela muralha de D. Dinis,
passou-se pelo antigo Mosteiro de Santa Clara (que hoje alberga a
Câmara) com os seus dois claustros e atingiu-se o recinto da feira, que se
desenrola nas traseiras do Paço.
Do lado norte vislumbra-se a magnifica igreja
romântica de S. Miguel, onde se diz que D. Afonso Henriques foi
baptizado.
O seu chão está coberto pelos túmulos dos
cavaleiros da reconquista católica, com as suas armas gravadas na pedra já
muito gasta.
O interesse recai depois no fantástico Castelo
de Guimarães, com a sua enorme torre de menagem, que terá sido mandado
construir por Mumadona Dias em 952.
Dali se avista o Campo de S. Mamede,
cenário da batalha em que Afonso Henriques expulsou D. Teresa.
O Hospital da Misericórdia
mostra-se ao cimo da Rua do Conde D. Henrique, que desemboca no Largo Martins
Sarmento.
Inevitável uma visita à Igreja da Real
Colegiada de Guimarães e ao padrão comemorativo da Batalha do Salado,
ali mandado erguer por D. Afonso IV.
Depois, o visitante deve perder-se nas
ruelas cheias de marcas medievais, agora emolduradas por um notável arranjo
urbano.
Texto retirado de Guia da Semana -
Expresso, nº3 – Norte (texto editado) | Foto retirada da Internet