Douro, uma região para recordar e viver
Festas e
romarias são uma constante no Douro.
Os santos
populares, padroeiros de inúmeras vilas e aldeias, animam o início do Verão e o
Carnaval possui, aqui, tradições imemoriais, como acontece em Lazarim
(Lamego).
As seculares
romarias que refulgem ao ritmo do folclore tradicional incluem, geralmente,
exibições espontâneas de artesanato: cestaria, latoaria, tanoaria,
olaria e miniaturas do barco rabelo.
São exemplo
disso as Festas da Senhora do Socorro (Peso da Régua), as Festas da Senhora da Assunção em Vilas Boas (Vila Flor), Senhora
da Piedade, em Sanfins do Douro (Alijó) ou a Senhora dos Remédios, em
Lamego.
Rico em sabores
e aromas, que embriagam o espírito e fortalecem o corpo, o Douro é também boa
comida.
O pão regional
cozido em fornos de lenha acompanha o melhor presunto, salpicão ou chouriça com
azeitonas.
As bôlas de
Lamego e Vila Real, assim como os excelentes peixes do rio, são tudo exemplos
da genuína gastronomia regional.
Vitral - Casa do Douro (Régua) |
A carne que alimenta
as gentes da região em Invernos rigorosos é comprovada por certificados de
origem, atribuídos pela qualidade das raças autóctones - mirandesa e maronesa
– que, a par do melhor cabrito, asseguram a refeição perfeita.
A vasta doçaria
conventual, os doces de amêndoa e de ovos, o leite-creme e as sumarentas
frutas, fazem também as delícias do paladar e enchem o olhar.
Num varandim de
uma casa brasonada, numa piscina de Hotel ou Pousada, a bordo de um cruzeiro
que percorra o rio, navegável em toda a extensão, contemplar o Douro é gravar
na retina e conservar na memória a magia e o mistério de uma região inesquecível.
Azulejo - Estação do Pinhão |
Ao encontro da História
Denso, colorido
e envolvente, o Douro é sobretudo rio, vinha, panorama desigual e em excesso.
O Vale do
Douro, compreendido entre Barqueiros e a fronteira, é fruto dos prodígios
da natureza, mas também do esforço e da energia despendida pelo homem na sua
transformação.
A vinha que
gera as castas do célebre Vinho do Porto é a causa e a razão maior de
todo este árduo trabalho.
Séculos de
labuta, fadiga e suor humano, desventraram a terra, removeram o xisto maciço,
moldaram os muros e patamares de socalcos para arrimar as videiras, erguendo esta
obra colossal, que Marquês de Pombal recompensaria, no século XVIII, com o
título de primeira Região Demarcada do mundo.
Igreja Matriz de Cárquere - Resende |
De soberbo
clima mediterrânico, o Vale é um enclave quente e seco, propício à cultura da
vinha, da oliveira, da amendoeira e de frutos como a cereja, os figos, o
pêssego, a laranja, a maçã...
A paisagem a
perder de vista é tão heterogénea, que ora só se avistam vinhedos e socalcos,
como no coração do Douro, até ao Tua, ora vegetação espontânea e agreste enche
todo o horizonte como acontece no Douro Superior.
Por todo o
lado, solares, casas de quinta e testemunhos de povos errantes e de culturas
diversas marcam de forma indelével a paisagem.
São exemplos
disso, o Vale do Côa que encerra em si o maior e mais belo parque de arte
rupestre do mundo e a visigótica Capela de S. Pedro de Balsemão, do
século VII, em Lamego.
A herança
medieval é também intensa e profunda.
Castelos como o
de Numão, Marialva, Penedono e Freixo de Espada-à-Cinta recordam a cada
instante, a importância estratégica que o Douro sempre assumiu na história.
Ponte fortificada de Ucanha - Tarouca |
Ambiente, o futuro da região
O Vinho sempre
foi e será, no Douro, o estímulo e a força de toda a dinâmica que comanda e
impulsiona as gentes da região.
Desde o século
V, que a procura de vinhos mais encorpados e fortes catapultaram o "vinho
cheirante de Lamego“ - o primeiro Vinho do Porto - para um
futuro de êxito, que levaria o seu nome além-fronteiras.
Dois séculos
volvidos, o negócio dos vinhos generosos e finos - assim é conhecido o Vinho
do Porto entre os durienses – permitiu a construção e recuperação de
solares, conventos, igrejas de perfil românico, gótico, renascentista e mais tarde
barroco.
De facto, desde
o século XII, que o vinho seguia rumo ao Porto, em barcos rabelos
que sulcavam as águas, carregados de pipas, para depois de exportado, fazer as
delícias dos ingleses e demais povos.
Em setembro, as
vindimas são o mais importante e animado acontecimento de todo o vale.
Transportando as uvas em cestos vindimos |
Do corte ao
lagar, o trabalho, mas também a festa, estão estampados nos rostos das gentes
do Douro.
As lagaradas,
acompanhadas de concertina e cantares, imprimem o ritmo aos pés que teimam em continuar
a pisar artesanalmente as uvas doces.
Deste esforço e
paixão nascem os vinhos do Douro.
De mesa, brancos
e tintos, as aguardentes, os espumantes da região do Varosa e o moscatel de Favaios.
E, claro, o
solene e indefinível Vinho do Porto, tesouro de saber e arte secular: ruby,
tawny, vintage ou Late Bottled Vintage (LBV).
Todos podem
participar.
Nas dezenas de
locais que compõem a Rota do Vinho do Porto, o visitante encontra alojamento
em hotéis, residenciais ou típicas casas de Turismo Rural, centros de prova de
vinho e a certeza de apreciar os melhores vinhos da região.
Alma e futuro
da região, o Vinho do Porto é - a par do ambiente, do turismo e dos
desportos náuticos - a herança e o legado que as gerações vindouras preservarão
e conservarão para a posteridade.
Quinta do Douro - São João da Pesqueira |
O vale do rio Douro
O rio Douro,
visto do alto de um miradouro ou dos píncaros de um monte, desperta sensações e
provoca emoções que, ao longo dos tempos, poetas, escritores e artistas
tentaram em vão, imortalizar em palavras ou traços de pincel colorido.
Fértil em
assimetrias e contrastes, o Vale do Douro é uma aventura de três séculos
de trabalho e paixão pela terra.
O vale do Douro |
Numa epopeia
sem precedentes, populações inteiras, transformaram solos áridos e rochosos em
fileiras de socalcos e vinha para que nascesse o célebre Vinho do Porto.
Toda a região é
um convite à descoberta.
De carro
seguindo o fluxo da água ou atravessando vilas e aldeias, de comboio serpenteando
junto à margem; a bordo de um cruzeiro, respirando odores fluviais ou simplesmente
de balão, apreciando os contornos mágicos da paisagem.
Percorrer o Douro é apreciar os seus conventos e igrejas, conhecer o seu artesanato rústico, saborear a sua genuína gastronomia, inflamar o espírito com o folclore das seculares romarias e retemperar, por fim, energias em milagrosas termas ou em repousantes hotéis, pousadas ou unidades rurais de alojamento.
Fonte: folheto promocional do Douro